domingo, março 06, 2011

Chamemos-lhe: saborosa novidade!


Lê, uma última vez, mas lê. Trouxe-te algo. Lê, porque sem rodeios entenderás. Sempre educadamente e sem imperativos te pedi as atenções que necessitava. Dessa mesma forma, surjo agora, e encaminho-te as minhas palavras! Não sei se é a melhor forma de voltar, ou se sei ser a melhor forma de chegar, mas passaram muitos dias, muitos meses, quase anos, e como já era de esperar, o que se instalou, foi a melancolia. Idêntica a tempos que já ficaram para trás. Ainda assim, decidi vir, e aqui estou. O que trago em mim é, quem sabe, um segredo, mistério que noutra época sem pudor revelaria sem hesitar. Espera, não julgues, não exijas, não agora, nada sabes ainda. Não te precipites, tem calma. Isto não será propriamente um apelo, ou um acto desesperado, uma tentativa infundada, não, é apenas algo que quero que saibas. Conheço-te e sei que por um imperado egoísmo ou uma semelhança com uma bajulação qualquer, tu vais querer saber. És curioso, lembro-me bem. Sabes, aprendi a resguardar mas não perdi a intensidade. A Essência. Nunca a perco, mesmo que sangre dilacerada ou que derreta de doçura. Então, talvez agora como dantes, não percebas a razão do meu olhar, o significado das minhas palavras, mas oras é assim tão complicado!? Bem, não quero em ti, por ti, para ti ou outros tantos, depositar lamúrias, indagações, pensamentos, explicações, palavras ou exclamações, nada, o que quer que seja, não quero pesar-te. Jamais. Desejo apenas que escutes, na melodia das minhas palavras a canção que fiz para ti. Sim, a canção que fiz para ti. Consegues ouvir?! Escuta, escuta, presta atenção. É verdade, já me estaria a falhar um pormenor, fi-la exactamente assim, em outra língua. És do mundo, eu sei da tua experiência, reconheço o teu poliglotismo. Porém, não espero nada, nem mesmo uma única palavra. Não crio expectativas, nem da fantasia nem do real. Misturas ambíguas. Nem sempre foi assim. Mas sim, aprendi. Orgulho-me. Por ora, só te peço, escuta. Como te disse, não espero nada, nem que percebas o porquê sequer, só pretendo que oiças! Despropositadamente e sem nenhuma intenção de fama, escrevia somente com o fluir do que sentia. E era tanto. Hoje sei, talvez não seja tão directamente assim, mas acredita, foi precisamente dessa forma. Escuta apenas. Uma pausa. E “onde está” perguntas tu. Oh! Surpresa! Amanhã envio-ta pelo correio, numa cassete das antigas, conheço o teu velho rádio e sei que lá podes ouvir. Desculpa não ser mais rápida, não enviar por e-mail, ou através de uma qualquer rede social da moda. Mas sou lamechas, nasci nos 80's, gosto do “vintage”, e primo pelo mais autêntico. Não é numa tentativa de presunção como originalidade, sou apenas eu, e sempre fui assim. Portanto, até amanhã então!


Com ternura,
" because you are, my only obsession ".

Um comentário:

Marie Claire disse...

oh minha menina... como me fazes falta, como me es importante. Nao tenho dito nada porque estou sem mensagens, mas não te esqueço, nunca e tu sabes disso.


E continuo a reconhecer a tua intensidade, a doçura, a ternura e a força nas tuas palavras. Como tinha saudades de te ler.

Amo-te. Muito! MDMV <3